Procurei através da catarse prometida pela ebriedade uma evasão...
Procurei, esse depurar das minhas lamúrias, dos meus medos
Como qualquer ancião, numa qualquer seita, procura uma fé que nunca o há-de iluminar,
Nem trazer a imortalidade, Nem tão meramente paz de espírito.
A busca premoniza apenas mais uma aflição. Mais não se reflita no espectro da frustração de nunca se alcançar o almejado,Mas ainda acresce a constante inquietação do próprio acto quase masoquista quando simplesmente não cedemos a parar de procurar.
Não alcancei a catarse prometida...
O álcool já me é conhecido nas veias como os efeitos narcóticos se cumprimentam com as sinapses neurais no meu cérebro.
Não me evadi...
As palavras continuaram a invadir-me e eu não lhes consigo bloquear passagem,
Acendo outro cigarro, outra batalha perdida contra o conforto de efeito placebo que me traz este travo de boémia...
Escondo-me na intelectualidade do fumo, do álcool, do jazz que escorre pelas paredes como se tentasse fugir da própria sala, quase tanto como eu...
Escondo-me e as lágrimas que me engasgam não transparecem.
Não consegui a catarse,
Mas ainda sou a mestre no que toca diluir sentimentos e guardá-los na espera da algibeira.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Subscrever:
Mensagens (Atom)