sábado, 8 de maio de 2010

Tenho ainda na boca o travo desse vinho que me deste.
É acre e queima-me como veneno.
Não te nego nada, bem sabes,
E bebo do meu cálice com àvida sede de te agradar
Mais do que te saber realmente de cor,
Procuro saber o que vês em mim.
Cada palavra, cada gesto, como permanentes avaliações
Registos fonéticos de pensamentos que não são meus,
Mas saem-me dos lábios, todas essas palavras.
Todos esses 'devaneios' que te divertem tanto
Tudo isso não me pertence.
Faz parte do espectáculo que montei para ti.
Faz parte do meu processo de mutação,
Em que me prendo no meu casulo e não retorno
Até teres desaparecido e eu
Eu finalmente posso voltar a sentir pena de mim .

'You know I dreamed about you? I missed you for 29 years before I saw you' - The National

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