Um destes dias peço-te emprestado,
Agarro-te com força e trago-te ao peito.
Assim, bem apertado, para não tentares fugir
Para não te perder pelo caminho.
Para não desapareceres enquanto respiro...
Um destes dias deixo-te partir,
Concedo-te a liberdade que te roubei.
Assim, como um gesto de altruísmo sórdido,
Lanço-te ao infinito onde pertences e a esse mundo
Esse mundo que te aguarda e anseia.
Um destes dias hei-de ignorar-te,
Passar por ti e olhar para o lado.
Fingir que o teu existir não me traz agonia nem agrado
Permanecer serena ao som da voz que emites
E cantar para mim a canção que dedicaste no passado.
Um destes dias ...
Vou deixar de me ser
Só para te sentir melhor.
sábado, 8 de maio de 2010
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